Nome: Comer, rezar e amar
Autor: Elizabeth Gilbert
Páginas: 474
Editora: Objetiva
sinopse: Quando completou 30 anos, Elizabeth Gilbert tinha tudo que uma mulher americana moderna, bem-educada e ambiciosa deveria querer um marido, uma casa de campo, uma carreira de sucesso. Mas não se sentia feliz: acabou pedindo divórcio e caindo em depressão. "Comer, Rezar, Amar" é o relato da autora sobre o ano que passou viajando ao redor do mundo em busca de sua recuperação pessoal.
Resenha: Definitivamente, Liz Gilbert, é uma mulher de fibra, mesmo que antes, ela não acreditasse. E não apenas por sair de um casamento, mesmo quando tudo parecia conspirar contra. Ela enfrentou todos os seus medos e procurou acalento em suas próprias vontades. Não encontramos uma mulher, assim, capaz de deixar tudo e ir atrás do seu eu.
Eu já pensei em fugir, várias vezes, é lógico, mas e a coragem? E o medo de me aventurar e acabar pior do que já estive. O medo de não encontrar amor e conforto, mas problemas maiores do que tenho. Não é fácil. Pensa que à ela foi? Não, definitivamente, seu caminho foi tortuoso, um verdadeiro labirinto até encontrar a luz ao fim do túnel.
Se você ainda não tem ideia da pessoa, da qual eu cito aqui, ela é ninguém mais que Elizabeth Gilbert, a autora do livro “Comer, Rezar, Amar”. Exemplar que já teve mais de 4 milhões de cópias vendidas no mundo todo. Simples, não? Pior é que não é. Imagine que você tem um divórcio a enfrentar, um amor para ser correspondido, uma vida e uma carreira a tocar e ainda um futuro incerto que perturba.
Elizabeth teve todas os possíveis conflitos em sua vida. O amor parecia não ser seu amigo, a fé não era uma de suas atividades prediletas, na verdade ela nunca havia conversado com Deus.
Incerta sobre a vida que iria seguir, Elizabeth resolver se dar ao luxo de fazer o que desejava, pela primeira vez. Deixou tudo de lado e vendeu à sua Editora um livro que ela ainda iria escrever, fruto de uma viagem de um ano inteiro à Itália, para buscar os prazeres de comer, depois à Índia, aonde buscaria a sua fé e finalizaria na Indonésia, em Bali, onde buscaria o seu equilíbrio, o seu eu.
A primeira parada dessa viagem é a Itália. Um momento marcante do livro. Liz parece nunca ter se sentido tão em casa quanto sentia-se em Roma. Encontrou amigos, pessoas que marcaram sua trajetória por lá, a sueca Sophie, o italiano nato Luca Spaghetti. O bonito Giovanni e ainda o casal, Giulio e Maria. Ali conseguimos enxergar Elizabeth em paz consigo mesma, conseguindo desfrutar de alegria e boa companhia, enfrentando a si e aos conflitos e deixando a vida levá-la, como devia ser. Aprendia italiano com afinco, o que era de SUA vontade.
Uma parte interessante em sua viagem à Itália são os aprendizados, bem detalhados também no filme, a devoção que a autora encontra no idioma desconhecido. A paixão com que trata a língua italiana sem conhecê-la. Attraverssiamo. A palavra com sonoridade mais perfeita. Elizabeth trata o livro com tanto amor que nós podemos sentir em cada palavra escrita. É possível rir de suas metáforas e de suas histórias. Ela tem um humor incrível. A Itália a renovou, lhe deu prazer e histórias deliciosas para nos contar.
E não é apenas isso, a cada página de sua passagem pela Índia, nós nos identificamos com o lugar, com as pessoas. Tulsi, a menina indiana tão moderna para o seu país e sua cultura, tão inocente para viver uma vida indiana. Richard do Texas, tão sensacional em cada uma de suas palavras e conselhos. Tão triste sua partida, como qualquer despedida de um ente querido.
E assim Liz narra sua passagem pela Índia, com fé, devoção e muito aprendizado. Uma verdadeira peregrinação em busca de sua fé e de seu encontro com Deus. E não há possibilidade nenhuma de não se encantar com uma narração tão firme, sonhadora, perturbadora em alguns momentos, mas sublime e pura em todas as ações e caminhos. Essa é a Índia, com seus caminhos e provações, mas com uma fé inigualável.
Quando desembarcamos em Bali, a tranquilidade é notória, estamos muito mais alegres, receptivos e em paz do que estávamos na Itália ou quando chegamos a Índia e, quando digo nós, quero realmente incluir a mim e a você que também leu e vivenciou ao lado de Elizabeth a sua busca por todas as coisas da vida, pois é assim que nos sentimos, como uma amiga em especial que viaja e vive todos os momentos ao seu lado.
Em Bali, em busca de seu equilíbrio ela encontra Felipe, um homem brasileiro, pelo qual se apaixona. Mas antes mesmo de chegar até ele conhecemos duas pessoas especiais, Wayan e Tutti. Mãe e filha, respectivamente, que sofrem por não ter um teto para morar. A precariedade é tanta que elas não têm um quarto ou uma cama para dormir, mas a bondade é tanta que mesmo assim, Wayan adota duas crianças que foram abandonadas, me faz lembrar o que minha mãe sempre diz “Quem pouco tem, doa-se muito mais do que aqueles que muito tem.”
Elizabeth se afeiçoa a Tutti, uma garotinha de oito anos, que já viveu experiências de muitas mulheres com o dobro ou o triplo de sua idade. Passou fome, frio, viu a mãe apanhar incansavelmente do pai e vive viajando, sem um teto ou uma estabilidade.
Wayan é uma curadora balinesa, divorciada, que vendeu tudo o que tinha para pagar um advogado afim de que ganhasse a guarda de sua filha. E quando digo tudo, é tudo literalmente: meias, roupas, chuveiro, talheres, utensílios de sua casa, enfim, tudo. Sua vida se divide em cuidar de suas filhas, e trabalhar em sua loja alugada, mas isso enquanto não é despejada e tem que partir para outro lugar e recomeçar.
O fato é que Elizabeth poderia muito bem ouvir essa história e se comover, mas secar as lágrimas e permanecer cuidando de sua vida, mas não é isso que ela faz. Ao aproximar de seu aniversário de 35 anos, ela manda um email a todos os seus amigos e aos amigos de seus amigos, para que ao invés de eles lhe mandarem presentes que doem uma quantia, de sua preferência, para ajudar Wayan e sua Tutti a comprarem uma casa. E ela consegue, graças a Deus. Dezoito mil dólares vindos de várias partes do mundo e, por vezes, de partes desconhecidas. Uma benção, não?
Acho que já falei demais sobre este livro, o que tenho a dizer é que comer, rezar e amar é um dos melhores livros que já li, que consegui absorver varias coisas importantes, por tanto recomendo para qualquer ocasião. Sim, ele é um tipico auto-ajuda mas não parece nem um pouco, tenho certeza de que vai gostar.
5 comentários
bOM EU GOSTEI DO FILME,MAS não li o livro pelo que eu vi são iguais.
ResponderExcluirabraços,
http://diariodeumasonhadora2.blogspot.com.br/
eu vi o filme e são bem parecidos mesmo, só são cordadas algumas partes, mas eu prefiro o livro!
Excluirbeijos s2
Quero muito ler esse livro já faz um tempo não sei porque estou enrolando , deve ser preguiça ou sei lá o que ... Um dia eu ia ver o filme mais não assisti porque quero ler primeiro , beijos !
ResponderExcluireuvivolendo.blogspot.com ( comenta lá :D )
o tamanho do livro desanima mesmo, e confesso que demorei uns 2 capítulos para pegar o embalo da leitura, mas ele é lindo e creio que vai aprender muitas coisas com ele!
Excluirbeijos, vou comentar sim s2
Nossa adorei sua resenha.Para se ter ideia nem assisti ao filme pois agora eu acho que tenho que ler para depois ver a adaptação.Não sei exatamente o porque disso,mas me sinto na agonia de ler este livro.Que também poderia dizer que serve de auto ajuda pelos as emoções contadas.
ResponderExcluirParabéns pela resenha.
Beijokas Ana Zuky
sanguecomamor.blogspot.com.br