Nome: Leite Derramado
Autor: Chico Buarque
Páginas: 195
Editora: Companhia das Letras
Classificação:
Eulálio veio de uma família nobre, que tinha uma grande tradição de nomes iguais, porém todos se chamavam Eulálio, mas o próprio se confunde com seus netos, bisnetos, vô, trisavô, etc...
Ficamos comovidos com sua historia, chegando sentir a perda de sua amada Matilda e a dor da saudade.
Chico, como poucos sabe retratar um amor poético, a tal busca pelo amor perdido.
Autor: Chico Buarque
Páginas: 195
Editora: Companhia das Letras
Classificação:
Sinopse: Um homem muito velho está num leito de hospital. Membro de uma tradicional família brasileira, ele desfia, num monólogo dirigido à filha, às enfermeiras e a quem quiser ouvir, a história de sua linhagem desde os ancestrais portugueses, passando por um barão do Império, um senador da Primeira República, até o tataraneto, garotão do Rio de Janeiro atual. A fala desarticulada do ancião cria dúvidas e suspenses que prendem o leitor. O discurso da personagem parece espontâneo, mas o escritor domina com mão firme as associações livres, as falsidades e os não ditos, de modo que o leitor pode ler nas entrelinhas, partilhando a ironia do autor, verdades que a personagem não consegue enfrentar. Tudo, neste texto, é conciso e preciso; como num quebra-cabeça bem concebido, nenhum elemento é supérfluo. Percorre todo o livro a paixão mal vivida e mal compreendida do narrador por uma mulher. Os múltiplos traços de Matilde, seu "olhar em pingue-pongue", suas corridas a cavalo ou na praia, suas danças, seus vestidos espalhafatosos, ao mesmo tempo que determinam a paixão do marido e impregnam indelevelmente sua lembrança, ocasionam a infelicidade de ambos. Embora vista de forma indireta e em breves flashes Matilde se torna, também para o leitor, inesquecível. Outras figuras, fixadas a partir de mínimos traços, circulam pela memória do protagonista: o arrogante engenheiro francês Dubosc; a mãe do narrador, que, de tão reprimida e repressora, "toca" piano sem emitir nenhum som; a namorada do garotão com seus piercings e gírias. É espantoso como tantas personagens ganham vida neste breve romance. Leite derramado é obra de um escritor em plena posse de seu talento e de sua linguagem.Resenha: O livro é narrado por Eulálio Montenegro D’Assumpção, um senhor com 100 anos de idade, que em um hospital espera para morrer, relembra da melhor maneira possível trechos de sua vida.
“(…) A memória é deveras um pandemônio, mas está tudo lá dentro, depois de fuçar um pouco o dono é capaz de encontrar todas as coisas”A historia não se passa em tempo cronológico, sendo assim um quebra-cabeça, que é possível ser montado ao longo dos capítulos.
Eulálio veio de uma família nobre, que tinha uma grande tradição de nomes iguais, porém todos se chamavam Eulálio, mas o próprio se confunde com seus netos, bisnetos, vô, trisavô, etc...
Ficamos comovidos com sua historia, chegando sentir a perda de sua amada Matilda e a dor da saudade.
“(…) E qualquer coisa que eu me recorde agora, vai doer, a memória é uma vasta ferida!”Além de tudo, Leite Derramado é uma grande história de amor mal resolvida. Eulálio relembra diversas vezes da mulher, a mulata por quem se apaixonou durante uma missa na Igreja da Candelária.
Chico, como poucos sabe retratar um amor poético, a tal busca pelo amor perdido.
“(…) Com o tempo aprendi que o ciúme é um sentimento para proclamar de peito aberto, no instante mesmo de sua origem. Porque ao nascer, ele é realmente um sentimento cortês, deve ser logo oferecido à mulher como uma rosa. Senão, no instante seguinte ele se fecha em repolho, e dentro dele todo o mal fermenta. O ciúme é então a espécie mais introvertida das invejas, e mordendo-se todo, põe nos outros a culpa de sua feiúra.”Foi meu primeiro livro de Chico Buarque, e disse a mim mesma que poderia deixar de lado o tal escrito famoso. Mas, me arrependi de não ter lido antes, ou não, apenas foi a hora certa de aproveitar um bom e grande livro.
13 comentários
Oi Thais!
ResponderExcluirTambém tenho muita vontade de comprar uns livros do Chico, ele é tudo de bom!!
Esse parece maravilhoso! Parabéns pela resenha!
Beijão
Tem post novo lá no blog!
endless-poem.blogspot.com.br
gostei bastante deste, pude matar minha curiosidade!
Excluirobrigada s2
Oie Thais
ResponderExcluiramei teu blog, estou seguindo.
Não sabia desse livro, mas adoro Chico, e nem sabia que ele tinha escrito um livro (fail)
Agora fiquei louca por ele, e por ser curtinho, vou colocar na meta de abril!! bjos
oi, Chico tem vários livros, tente ler algum dele é ótimo!
Excluirbeijos2
Oiie,tudo bem??
ResponderExcluirIndiquei uma tag pra vc lá no meu blog !! ;)
http://www.foradarealidadeonline.blogspot.com.br/2013/03/tag_20.html
Beijos.
Oi, passei aqui para dizer que tem um presentinho esperando por você lá no blog: http://duasamigas-variosmundos.blogspot.com.br/2013/03/memes-e-selinhos.html
ResponderExcluirBjs
Sempre me falaram que os livros do Chico são bons e densos. Mas nunca me interessei por ler algum deles.
ResponderExcluirbeijos!
Amei!
ResponderExcluirAdorei seu Blog, muito interessante.
http://meumundorosapynk.blogspot.com.br/
Beijocas
obrigada s2
Excluirnão perca tempo e vá ler! rç
ResponderExcluiré o primeiro que leio do Chico, e é claro que vou ler Budapeste. É tão bom quanto falam?
beijos2
Parabéns pela resenha, ficou ótima. Tbem nunca li nada dele mas já ouvi elogios!!!
ResponderExcluirTe espero no meu Leituras, vida e paixões!!!
Muito bom esse livro; confuso até se acostumar. Mas o que eu mais gostei é que achei um livro engraçado apesar de ninguém concordar hehe.
ResponderExcluirAdoro Chico, mas ainda não li nada dele... Quero muito ler Benjamim, já ouviu falar?
ResponderExcluirhttp://maisumapaginalivros.blogspot.com.br/
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